VC Summit: o que rolou?
Como foram os investimentos em setembro na América Latina e o que rolou no VC Summit 2024!
Sexta-feira, 11 de outubro de 2024
No Inside VC dessa semana você vai encontrar:
📊 Investimentos em setembro
💰 VC Summit 2024: confira os destaques!
👀 Pra ficar de olho: Lineage maior IPO do ano; NFX demite funcionários; KPMG mapeia futuros gigantes brasileiros; YC expande turmas; OpenAI vale mais que o Goldman Sachs; Santander X e Distrito lançam o Acelera para startups e PMEs.
Tudo isso em mais ou menos 5 minutos de leitura
Números de setembro
Estamos de volta com os dados de setembro de 2024, e o cenário ainda reflete os efeitos da desaceleração no volume de investimentos observada em agosto.
No mês passado, o mercado de venture capital na América Latina registrou a terceira queda consecutiva, com o segundo menor volume do ano (US$ 238 milhões). E essa tendência de cautela continuou em setembro, com investidores ainda pisando no freio diante das incertezas econômicas.
Aqui estão os principais números de setembro, segundo os dados do Distrito:
Volume de investimento: Em setembro de 2024, os investimentos totalizaram US$ 278 milhões, uma queda de 16,6% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram investidos US$ 333,2 milhões.
Valor acumulado no ano: O volume acumulado de investimentos em 2024 atingiu US$ 2,55 bilhões, o que representa 79% do total registrado em 2023 até esse mesmo ponto.
Número de rodadas: Foram realizadas 40 rodadas de investimento em setembro de 2024, com destaque para as séries A e B. As três maiores rodadas do mês foram:
Cayena: US$ 55 milhões (Série B)
Rock Encantech: US$ 54,84 milhões (Série A)
Mevo: US$ 20,11 milhões (Série B)
Fusões e aquisições: O mês de setembro registrou 12 M&As, elevando o total do ano para 158 operações. Em comparação, 2023 acumulou 209 M&As, o que evidencia que 2024 deve ficar abaixo do ano passado.
VC = Visão de Crescimento?
No último dia 19 de setembro, o VC Summit 2024, organizado pelo Distrito em parceria com a Norte, reuniu o ecossistema de startups e venture capital para discutir o futuro da inovação. E quem abriu os trabalhos foi Luiz Paulo Parreiras, da Verde Asset, com o painel O Efeito do Soft Landing nos Ativos de Risco.
Parreiras trouxe insights sobre como, após a pandemia, as economias globais se ajustaram sem entrar em uma recessão profunda, contrariando os temores. Ele destacou:
Inflação desacelerando: A redução nos preços de bens, serviços e salários é um alívio para as economias.
Redução de juros: O Federal Reserve já começou a cortar as taxas, com previsão de continuar até 2025, o que é uma boa notícia para os mercados de risco, incluindo o venture capital.
Preocupações com a China: A desaceleração da manufatura e do setor imobiliário chinês continua sendo uma área de atenção global.
Venture Capital na Visão de Investidores Institucionais
Após a introdução sobre soft landing, o VC Summit continuou com o painel Venture Capital na Visão de Investidores Institucionais, moderado por Andrew Hancock. O painel trouxe importantes nomes do mercado, como Renan Rego (CIO da G5), Jan Karsten (CEO da Brainvest), e Jean-Marc Etlin, que compartilharam suas experiências e perspectivas sobre o setor de venture capital no Brasil e no exterior.
Os principais pontos discutidos foram:
Contexto de Juros no Brasil: Os participantes destacaram como os altos juros no Brasil dificultam o crescimento da classe de ativos alternativos, como venture capital. Comparado com mercados como os EUA, onde o venture capital é mais desenvolvido, no Brasil, a taxa de retorno dos investimentos precisa ser significativamente maior para justificar o risco.
Desafios do Mercado de VC: Um dos maiores desafios no Brasil é a falta de um mercado secundário ativo, o que dificulta a saída dos investidores e a reciclagem do capital. Isso contrasta com mercados mais maduros, como o americano, onde há mais liquidez e possibilidades de saída para os investidores.
Critérios de Investimento: Os painelistas também discutiram os principais critérios ao avaliar fundos de venture capital. Entre eles, destacam-se:
Sourcing: A capacidade de identificar as melhores oportunidades no mercado é crucial.
Rapidez na tomada de decisões: Saber identificar rapidamente quais empresas têm potencial para crescer e quais precisam ser descartadas é essencial.
Apoio aos Empreendedores: O papel do fundo em ajudar as empresas do portfólio a crescer, oferecendo networking, suporte e estruturação de C-levels.
O painel concluiu que, apesar dos desafios, o mercado de venture capital no Brasil tem grande potencial, especialmente com a chegada de novas gerações de investidores e empreendedores que estão mais dispostos a assumir riscos.
Profitability x Growth - A Arte de Captar Contra o Vento
No painel Profitability x Growth - A Arte de Captar Contra o Vento, Gustavo Pinheiro, da Riverwood, liderou uma conversa envolvente com Ricardo Salem, fundador da Flash, e Renê Neme, CEO da Salú. O debate girou em torno dos desafios de equilibrar crescimento e rentabilidade em um cenário econômico desafiador, especialmente para startups que enfrentam altos custos de capital.
Os principais temas discutidos foram:
Desafios de Crescimento e Rentabilidade: Ambos os empreendedores compartilharam como suas empresas estão enfrentando o desafio de crescer de forma agressiva sem comprometer a rentabilidade. Eles enfatizaram a importância de ajustar as operações e a cultura interna para manter um foco em eficiência e unit economics, enquanto buscam crescimento sustentado.
Equilíbrio entre Foco e Inovação: Uma questão central foi quando e como perder o foco para explorar novos produtos ou mercados sem comprometer o core business. Salem destacou que a Flash optou por testar novas frentes com investimentos contidos e alavancar produtos complementares por meio de M&As. Já René, da Salú, frisou que sua estratégia de expansão está sendo guiada pelas demandas dos clientes, sem perder de vista o core de saúde ocupacional.
Uso de IA para Crescimento e Eficiência: Tanto a Flash quanto a Salú têm implementado soluções de Inteligência Artificial para aumentar a produtividade e gerar mais valor para seus clientes.
O painel concluiu com a reflexão de que, em tempos de capital mais caro, é fundamental manter um equilíbrio saudável entre crescimento e eficiência, focando em investimentos estratégicos que garantam um retorno claro.
Esses foram apenas alguns dos destaques do evento! Se você quer saber mais e conferir outros painéis como Bridging The Gap - Como os VCs Pensam o Futuro ou Poucos, mas Resilientes - O Corporate Venture Capital em um Cenário Complexo, acesse a transmissão completa no YouTube clicando aqui.
👀 Para ficar de olho
💸 Lineage levanta mais de R$ 22 bilhões na maior IPO do ano.
💼 NFX demite 4 funcionários para focar em equipe de investimentos e expandir operações.
🪐 Como a KPMG encontra, e apoia, os futuros gigantes brasileiros em parceria com o Distrito.
📈 Y Combinator expande para 4 turmas anuais em 2025, dobrando as oportunidades.
🤖 OpenAI levanta US$ 6,6 bilhões e vale mais que Uber e Goldman Sachs.
🚀 O Distrito e o Santander X lançam o Acelera, programa exclusivo para startups e PMEs com o objetivo de apoiar e impulsionar negócios por meio de cursos, reports, descontos e benefícios importantes do ecossistema. Concorra a até R$ 25 mil reais em prêmios e desperte o potencial da sua empresa com AI!
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