Fim do inverno? Investimentos em startups latino-americanas já alcançaram mais de US$ 2 bilhões em 2024 [#39]
Primeiro semestre do ano fecha indicando um cenário de melhora para os investimentos em startups na região, com destaque para a retomada do late-stage.
QUINTA-FEIRA • 18 de julho de 2024
No Inside VC News dessa semana você vai encontrar:
👉 Primeiro semestre de 2024 registra US$ 2,2 bilhões aportados em startups da América Latina.
👉 Pra ficar de olho: Google em negociação para adquirir Wiz; Vammo capta R$ 30 milhões; NetLex levanta R$ 126 milhões; Microsoft e Apple desistem do conselho da OpenAI.
Tudo isso em mais ou menos 4 minutos de leitura!
💵 Números do primeiro semestre de 2024
Apesar de ainda estarmos em julho, as startups latino-americanas já não estão mais lidando com um inverno tão rigoroso… pelo menos é o que os dados mapeados pelo Distrito apontam:
No primeiro semestre de 2024, o mercado de venture capital na América Latina registrou um total de US$ 2,2 bilhões aportados em 377 rodadas de investimento.
Esse montante representa um aumento significativo de 40,7% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram investidos US$ 1,5 bilhões em 414 rodadas.
Apesar do número de deals ter diminuído, o aumento no volume total de investimento indica um ticket médio maior por rodada.
Ou seja, apesar das fintechs terem captado mais do que qualquer outro setor, com US$ 670 milhões investidos em 81 rodadas, as energytechs levantaram US$ 230 milhões em apenas 11 rodadas, o que significa que seu ticket médio foi significativamente maior.
Isso reflete a confiança dos investidores em apostar no late-stage, aportando valores altos em determinados setores e startups com alto potencial de retorno e crescimento.
No que diz respeito aos M&As
Os primeiros seis meses do ano também foram marcados por um bom número de fusões e aquisições, quando comparado ao ano passado.
O período registrou 118 M&As, o que já representa mais de 50% de todas as operações registradas em 2023. E quem as liderou foram os setores FinTech e DeepTech, impulsionados por estratégias de consolidação e expansão das empresas líderes nesses mercados. Lembra do Nubank adquirindo a deeptech Hyperplane? Ou da Paysecure adquirindo parte da fintech a55, por exemplo?
Sabemos que as fintechs sempre foram destaque acerca dos investimentos em startups. Diante desse fato, se eu fosse você, garantiria meu acesso ao Fintech Report 2024 do Distrito. É gratuito e você pode saber tudo sobre investimentos e tendências do setor! Acesse aqui 💸
O que podemos concluir?
Então, parece que as coisas estão caminhando para cenários favoráveis, mas ainda não dá para dizer que o inverno acabou totalmente. O aumento no volume total de investimentos em relação ao primeiro semestre do ano passado e a intensificação das fusões e aquisições são sinais positivos. No entanto, as incertezas econômicas globais e as mudanças nas políticas monetárias ainda exigem cautela.
O Federal Reserve (FED) mantendo a taxa de juros dos EUA elevada e conflitos no Oriente Médio sustentando perspectivas de alta na inflação e no preço do barril de petróleo são exemplos de fatores que fizeram o Banco Central do Brasil ser cauteloso e reduzir a taxa de juros em apenas 0,25%, consequentemente provocando prudência nas decisões dos investidores.
Espera-se que setores como FinTech e EnergyTech continuem atraindo investimentos significativos, impulsionados pelas demandas de mercado. Além disso, a resiliência das startups em estágio seed e early-stage será crucial para manter o ritmo de crescimento dos investimentos, enquanto o late-stage ainda pode sofrer de inconsistências causadas pelo cenário político e econômico.
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👀 Pra ficar de olho
A Alphabet, controladora do Gloogle, está em negociações avançadas para adquirir a empresa de cibersegurança Wiz por US$ 23 bilhões, visando reforçar sua posição no mercado de segurança digital.
A startup Vammo levantou R$ 30 milhões para expandir sua frota de motos elétricas voltadas para entregadores. O investimento visa aumentar a eficiência e sustentabilidade nas entregas.
A NetLex, startup especializada em gestão de contratos, captou R$ 126 milhões em rodada liderada pela Riverwood Capital. O investimento visa acelerar o crescimento e inovação da empresa.
Microsoft e Apple desistiram de ter observadores no conselho da OpenAI devido ao aumento da pressão de reguladores sobre o domínio das big techs na inteligência artificial.