[#31] Insurtechs recebem mais de US$ 667 milhões desde 2018, Open Insurance aumenta as oportunidades do mercado
O mercado de seguros representa uma fatia importante da economia brasileira e as insurtechs desempenham um papel essencial para o crescimento do setor!
QUINTA-FEIRA • 28 de março de 2024
No Inside VC News dessa semana você vai encontrar:
👉 Insurtechs recebem mais de US$ 667 milhões em investimentos desde 2018.
👉 South Summit Brazil 2024: é hora de ir às compras.
👉 Quais as apostas da Felicis, investidora de IA?
👉 Oxygea investe R$ 4,5 milhões em startups mapeadas pelo Distrito.
Tudo isso em mais ou menos 6 minutos de leitura!
💵 Insurtechs recebem mais de US$ 667 milhões em investimentos desde 2018
Importante fatia da economia brasileira, o mercado de seguros arrecadou R$ 388 bilhões em 2023 e representa 6,5% do PIB brasileiro. E, mesmo já tendo uma participação expressiva, a expectativa é que ela aumente para 10% até 2030, de acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).
Grande parte do sucesso do setor se deve às insurtechs, que não só estão revolucionando o mercado de seguros, como também estão democratizando o acesso a diferentes tipos de seguro para a população.
Tal sucesso se deve principalmente ao aumento do nível de bancarização da população latino-americana e aos avanços do Open Insurance, que criam, no Brasil, um cenário favorável que reflete diretamente nos investimentos recebidos.
A maior parte dos investimentos vão para o Brasil
Assim, desde 2018, as insurtechs latino-americanas já captaram mais de US$ 667 milhões em 107 deals, sendo a maior parte desses investimentos (cerca de 83% do total) destinada às startups brasileiras.
Porém, é importante destacar que apenas três deals foram responsáveis por um terço dos investimentos no setor nos últimos seis anos, sendo todos eles no late–stage.
Startups de “acesso a seguros” receberam quase 63% de todos os investimentos
Outro ponto que chama a atenção é que, apesar de serem menos numerosas, as startups da categoria "acesso a seguros" foram as mais procuradas para investimento, recebendo quase US$ 419 milhões de investimento de 2018 para cá.
Isso se deve, principalmente, à solidez desse ramo, que já apresenta estágios de desenvolvimento mais avançados.
Apesar disso, essa categoria ainda fica atrás das startups de “oferta e atendimento” quando a questão é número de deals (37 contra 51).
E o que podemos esperar para o futuro das insurtechs no Brasil?
A evolução tecnológica rápida e as mudanças nos padrões de risco estão moldando o futuro do setor de seguros. Por isso, separamos três tendências que prometem revolucionar a forma como pensamos sobre proteção e segurança financeira.
Uso da Inteligência Artificial (IA) para análise de dados e riscos.
Seguros para proteção cibernética.
Seguros embutidos (embedded insurance).
As insurtechs prometem continuar crescendo cada vez mais! O segredo desse sucesso todo? A adoção de tecnologias emergentes, como inteligência artificial, big data e blockchain.
Com essas ferramentas, não só vão surgir produtos de seguros mais personalizados e avançados, como também a eficiência operacional vai melhorar, a gestão de riscos vai ficar mais afiada e a experiência do cliente vai ser ainda mais única.
Ou seja, as startups do ramo estão indo para um novo patamar, com investimentos mais distribuídos e possibilidades de crescimento ainda maiores. Por isso, é bom ficar de olho no setor.
🤝 South Summit Brazil 2024: é hora de ir às compras*
Em meio à agitação do mercado financeiro e das constantes mudanças na economia global, os investidores estão sempre à procura de oportunidades valiosas para maximizar seus retornos.
Por isso, nos últimos anos, o venture capital têm atraído cada vez mais atenção. Porém, com a crise vivenciada nos últimos dois anos, surge a pergunta: será que o venture capital ainda é viável no Brasil? Segundo especialistas que participaram do South Summit Brazil, em Porto Alegre, a resposta é um sonoro "sim".
De acordo com especialistas de empresas como Siguler Guff, Julius Baer Family Office e IFC World Bank, agora pode ser um bom momento para investir em venture capital no Brasil. Isso porque o valuation das empresas está atualmente mais baixo e condizente em diferentes estágios de investimento, como pré-seed, seed e até em rodadas como série A.
Investidores estrangeiros também estão apostando no Brasil
Além disso, a visão de investidores estrangeiros sobre o Brasil é bastante positiva, o que contribui para o bom momento vivenciado no país. Segundo Cesar Collier, managing partner da Siguler Guff, a China está perdendo força quando se trata de capital de risco, experimentando uma queda significativa na alocação de VC no país. Isso está levando os recursos a mercados emergentes como a Índia e o Brasil.
Por fim, apesar dos desafios, o venture capital continua sendo uma opção viável e atraente para investidores no Brasil. Com um ecossistema de inovação em crescimento e uma série de startups promissoras, o país oferece uma série de oportunidades para aqueles dispostos a assumir o risco.
*Artigo baseado na cobertura do evento realizada pela SC Inova. Este artigo é apenas para fins informativos e não deve ser considerado como aconselhamento financeiro.
👀 Pra ficar de olho
Onde a Felicis, investidora ativa em IA, está apostando
Felicis, um dos primeiros fundos seed fundados nos anos 2000, expandiu sua atuação para financiar rodadas em estágios posteriores, incluindo empresas de inteligência artificial. O sócio-gerente Sundeep Peechu compartilha insights sobre os atuais investimentos em IA da empresa.
Oxygea Labs investe R$ 4,5 milhões em startups que estão mapeadas na base do Distrito
A Oxygea desembolsou R$ 4,5 milhões para investir nas startups LogShare, Embeddo e GrowPack, participantes do primeiro batch do Oxygea Labs, programa de investimento com foco em sustentabilidade e inovação.