[#29] Fintechs ainda devem crescer 15% ao ano até 2028; bancos tradicionais 6%
Mesmo em um cenário macroeconômico desafiador, as fintechs continuam revolucionando o mercado financeiro.
QUINTA-FEIRA • 15 de fevereiro de 2024
No Inside VC News dessa semana você vai encontrar:
👉 Dinheiro faz dinheiro: até 2028, fintechs podem crescer 15% anualmente.
👉 Comunidade de IA assina carta pedindo legislações para deepfakes.
👉 Softbank quer criar rival para Nvidia.
Tudo isso em mais ou menos 4 minutos de leitura!
💵 Dinheiro faz dinheiro: até 2028, fintechs podem crescer 15% anualmente.
É de conhecimento geral que as fintechs caíram nas graças dos investidores.
Prova disso é o fato de que, mesmo captando 50% a menos que em 2022, as fintechs latino-americanas fecharam 2023 com mais de US$ 1,1 bilhão angariados. Além disso, 4 dos 10 maiores deals do ano ficaram por conta das fintechs (QiTech - US$ 200 mi, Creditas - US$ 70 mi, Nomad - US$ 61 mi e Clara - US$ 60 mi).
Assim, mesmo em um cenário desafiador como foi o ano passado, as startups financeiras conseguiram manter sua liderança como setor que mais recebe investimentos na América Latina, segundo dados do Distrito.
Oportunidades em fintechs são reais para 2024?
Apesar dos pesares, também surgiram muitas oportunidades para o setor, principalmente devido a mudanças regulatórias e brechas, como no caso de empresas focadas em registro de recebíveis ou duplicatas e empresas focadas em recuperação de crédito.
Por isso, para 2024, podemos esperar uma consolidação do setor. A tendência é que empresas menores e especializadas busquem fusões para formar entidades maiores, impulsionadas pelo limite de crescimento individual e pela necessidade de captar novos recursos.
No que tange ao mercado de venture capital, muitos fundos ainda detêm recursos significativos. Contudo, a alta nas taxas de juros tornou investimentos menos arriscados mais atraentes, fazendo com que os fundos adotassem uma postura de maior cautela, concentrando-se em empresas já presentes em seus portfólios.
A expectativa é que, com a abertura do mercado de ações americano e a entrada de empresas de tecnologia ainda privadas na bolsa, haja uma reciclagem de capital, atuando como um gatilho para novos investimentos. Embora seja improvável que o mercado retorne aos níveis de 2020 e 2021, um retorno aos níveis de 2019 já seria considerado uma recuperação significativa, conforme evidenciado pelo gráfico abaixo.
E o cenário pode ser ainda mais otimista do que isso, principalmente a partir das novas palavras de ordem do ecossistema de inovação para o crescimento sustentável e reajuste adequado.
Uma pesquisa global da McKinsey concluiu que essas empresas podem crescer anualmente 15% até 2028 no mundo todo, um percentual bem acima dos 6% projetados para o mercado tradicional.
Além disso, para os sócios da McKinsey Marina Mansur e Roberto Marchi, em artigo publicado no Brazil Journal, “Especialmente nas economias em desenvolvimento como a do Brasil, elas continuarão a se beneficiar da transformação radical do setor bancário, da rápida adoção digital e do crescimento do consumo online.”
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👀 Pra ficar de olho
Centenas de luminares da IA assinam carta pedindo legislação anti-deepfake (TechCrunch, em inglês)
Os deepfakes já são conhecidos há décadas (obrigada, cinema), porém, com a ampliação do acesso à IA, a criação de imagens realistas de outras pessoas ficou ainda mais fácil. Isso tem chamado a atenção de centenas de pessoas da comunidade de inteligência artificial que assinaram uma carta pedindo legislações para combater os deepfakes.
Softbank quer “só” US$ 100 bilhões para criar rival da Nvidia (NeoFeed)
A indústria de chips para IA pode virar um campo de batalha tecnológica. Logo após a Nvidia se tornar a 3ª empresa mais valiosa dos EUA e Sam Altman contar que está buscando míseros US$ 7 trilhões para remodelar a indústria de chips, o Softbank anunciou que vai tentar captar US$ 100 bilhões para criar uma empresa que consiga rivalizar com a Nvidia.