[#25] O que podemos esperar do mercado de venture capital para 2024?
2023 não foi um ano fácil, mas trouxe mais racionalidade para o mercado. Entenda o que podemos esperar para 2024!
Quinta-feira • 21 de dezembro de 2023
No Inside VC News dessa semana você vai encontrar:
👉 2024 promete mais investimentos, mas investidores seguem cautelosos.
👉 Scouting: Conheça a Fitbank, fintech que promete levar o Pix para a Flórida.
👉 Investidores “queimaram” US$ 27 bilhões; Adobe não comprará mais o Figma.
Tudo isso em mais ou menos 5 minutos de leitura!
🚨 Antes de darmos início à essa edição, queremos te avisar que essa é a última edição do ano. Daremos uma pausa e retornaremos à sua caixa de entrada a partir do dia 18 de janeiro. 🚨
Obrigada pela parceria até aqui e ano que vem tem muito mais!
Boas festas, um próspero ano novo e até breve!
📈 O que podemos esperar para o cenário de VC em 2024?
O ano de 2023 trouxe uma nova realidade para o mercado de Venture Capital.
Enquanto nos anos anteriores ocorreram muitas rodadas com valuations inflados e uma política de crescimento insustentável por parte das startups, principalmente devido à euforia da digitalização impulsionada pela pandemia e às condições econômicas favoráveis, em 2023 o que observamos foi mais racionalidade no mercado, com reajustes fundamentais para o ecossistema.
A partir disso, vimos rodadas mais parecidas com o período pré-pandemia e condições mais típicas ao ecossistema brasileiro do que aquelas vistas em 2020 e 2021.
Este cenário deixou os investidores mais cautelosos: um levantamento do Distrito em parceria com a Beacon mostrou que 54,8% deles acreditam que a crise no ecossistema de venture capital está longe de acabar.
Mesmo assim, dados do Distrito apontam para um processo de recuperação gradual do volume investido no Brasil, principalmente no late-stage.
Por isso, para 2024, devido às condições macroeconômicas como a redução da taxa de juros, podemos esperar que os investimentos continuem a crescer de forma tímida, mas muito distante ainda do que vimos em 2021, já que os fundos estão aguardando as melhores oportunidades de precificação e maturidade das startups.
Com isso, os investimentos em startups late-stage, que sofreram muito durante o inverno das startups, também devem retornar aos poucos, trazendo consigo mais investidores internacionais.
Já em relação aos setores mais investidos:
As fintechs deverão continuar atraindo boa parte do capital dos investidores.
Os setores de saúde, logística e agronegócio continuam como boas apostas dado o contexto macroeconômico do Brasil.
As startups dedicadas ao varejo, que já foram grandes destaques, devem perder força dada a complexidade do cenário atual.
🌎Para além das fronteiras: Fitbank promete levar Pix para a Flórida
Fundado em 2015, o FitBank é uma fintech que oferece infraestrutura financeira de meios de pagamento e Banking as a Service.
Uma das maiores apostas da startup é permitir que os brasileiros na Flórida possam pagar suas contas com Pix como é no Brasil.
Os serviços do FitBank vão desde pagamentos instantâneos até soluções de crédito, oferecendo um leque de soluções que pode atender a uma variedade de necessidades de pessoas jurídicas e pessoas físicas.
Além disso, com a startup se expandindo para mercados como os EUA e América Latina, grandes empresas podem utilizar sua infraestrutura para facilitar pagamentos e transações nesses mercados.
O Fitbank já captou mais de US$ 5 milhões com a CSU e uma rodada com valor não divulgado com a J.P. Morgan, que acelerou a internacionalização da startup.
Score de Maturidade: 646 / 1000
Estágio da startup: Scale Up
Funding Total: US$ 5.163.511,00
🛈 O Distrito utiliza um algoritmo próprio para determinar o nível de maturidade de +40 mil empresas de tecnologia. A classificação acima constitui apenas um exemplo da aplicação dessa metodologia, e não uma recomendação de investimento
👀 Conteúdo para não perder
Nos últimos anos, o Corporate Venture Capital (CVC) movimentou o mercado de VC na América Latina.
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🔍 Pra ficar de olho
Investidores “queimaram” US$ 27 bilhões em startups que quebraram em 2023 (NeoFeed)
Em 2023, investidores do mundo todo perderam US$ 27 bilhões em startups que faliram. Esse valor representa uma queda de 50% em relação a 2022. As principais causas das falências são a mudança no cenário econômico global e a concorrência acirrada entre as startups.
A Adobe cancelou sua aquisição da Figma por US$ 20 bilhões devido a preocupações regulatórias na União Europeia e no Reino Unido. No entanto, o cancelamento da aquisição não é um sinal de que os exits e M&As serão prejudicados no futuro, já que os exits de startups por meio de fusões e aquisições ainda são a forma mais comum de saída, mesmo que os reguladores estejam mais atentos a essas transações.