[#22] Como os dados podem te ajudar a fazer bons investimentos?
Boas decisões, em sua maioria, são tomadas com base em dados. Por isso, o Distrito desenvolveu uma metodologia para analisar startups.
Quarta-feira • 09 de novembro de 2023
No Inside VC News dessa semana você vai encontrar:
👉VC em dados: Como o TREL e o DM Score, métricas do Distrito, podem te ajudar a encontrar boas oportunidades de investimentos através de dados.
👉Scouting: Cases QI Tech, Gringo e Liqi: Colocando os dados em prática
👉Para ficar de olho: Kamay Ventures anuncia mais um investidor para ampliar sua participação na América Latina; Brasil assina "Declaração de Bletchley" para o desenvolvimento seguro de IAs.
Tudo isso em mais ou menos 7 minutos de leitura!
📈 Utilizando dados para identificar uma boa oportunidade de investimento
O ecossistema de inovação está em constante crescimento, tornando cada dia mais difícil a tarefa de selecionar, dentre as milhares de startups do mercado, aquela que precisa de investimento e possui uma boa chance de crescimento e retorno.
Nesses momentos, nada melhor que utilizar dados a nosso favor para descobrir boas oportunidades de investimento.
Com o intuito de apoiar os investidores nessa missão, o Distrito acompanha duas variáveis: O DMScore (Distrito Maturity Score), relacionado à maturidade das startups, e o TREL (Tempo Relativo), indicador que identifica a proximidade da companhia de captar uma próxima rodada de investimento.
O DMScore utiliza alguns indicadores, como número de seguidores no LinkedIn, valor total de investimentos captados, faturamento presumido, número de funcionários, crescimento do número de funcionários, número de acessos no site e crescimento do número de acessos ao site, para compor uma pontuação que vai de 0 a 1000.
Enquanto isso, o TREL avalia o tempo que uma startup leva para progredir entre os estágios de investimento, atribuindo a ela uma nota de 0 a 10.
Dessa forma, quanto mais alto o DMScore, mais madura uma empresa é. Por outro lado, quanto mais próximo o TREL estiver de 1, maiores as possibilidades da startup estar bem posicionada para captar investimentos.
Combinadas, essas métricas possibilitam uma análise da startup de forma mais ampla, conforme a tabela abaixo.
Assim, startups com DMScore muito alto e TREL baixos, estão em rápido crescimento e com grandes chances de levantar capital antes da média do mercado.
Do mesmo modo, startups com um DMScore baixo e um TREL alto já são consideradas zumbis, sem potencial de escala.
Enquanto isso, empresas que têm DMScore e TREL altos muito provavelmente são favoráveis para M&As.
Por fim, empresas com TREL entre 1 e 4 e DMScore alto estão em zona de prospecção para VCs.
A utilização dessas métricas, em conjunto, pode ser uma grande aliada para um filtro inicial antes de caminharmos para análises mais densas que consideram fatores como saúde financeira da empresa, modelo de negócio e qualidade comercial.
Com a utilização dessa metodologia, fica mais fácil identificar oportunidades de investimento únicas e favoráveis. Veja como este método funciona na prática na próxima sessão!
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Cases QI Tech, Gringo e Liqi: Colocando os dados em prática
A QI Tech, fintech fundada em 2018, captou US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão) em uma rodada Série B liderada pela General Atlantic, com participação da Across Capital.
O novo valuation não foi divulgado, mas muito provavelmente ultrapassou o US$ 1 bilhão, fazendo com que a empresa seja considerada a segunda a entrar no hall dos unicórnios brasileiros esse ano.
Apesar desta ter sido a maior rodada do ano, não foi a única a ultrapassar os 8 dígitos. Há pouco mais de um mês, a Gringo, startup voltada para motoristas de aplicativo, levantou R$ 150 milhões.
A fintech Liqi também não ficou para trás e captou uma rodada de R$ 13 milhões em setembro de 2023.
O que essas três startups têm em comum?
Todas possuíam um TREL próximo de 1 (momento esperado para captação), de acordo com dados levantados pelo Distrito em 31 de agosto.
A QI Tech possuía um TREL de 1,57 e um DMScore de 747, índices muito próximos da Gringo, com TREL de 1,29 e DMScore de 778, posicionando ambas startups área de estrela em ascensão, ocupando uma zona de prospecção para VCs conforme a tabela que já exploramos na sessão anterior.
Já a Liqi estava com o TREL em 1,43 e DMScore em 582, adentrando na zona de investimento, onde geralmente as startups brasileiras levantam capital, principalmente rodadas série A e B.
Estes são somente alguns exemplos da aplicação dessa metodologia. Atualmente, o Distrito já realizou um mapeamento de maturidade e necessidade de capital de mais de 5.000 startups, sendo uma importante ferramenta para alavancar seus investimentos e ajudar a identificar tendências para tomar decisões mais assertivas.
🛈 O Distrito utiliza um algoritmo próprio para determinar o nível de maturidade de +40 mil empresas de tecnologia. A classificação acima constitui apenas um exemplo da aplicação dessa metodologia, e não uma recomendação de investimento
🚀 Escolha do Distrito
O Distrito tem um convite especial! No dia 21 de novembro, acontece o FORWARD: O Futuro da Inovação em Sustentabilidade e Indústria 4.0.
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O encontro inédito e exclusivo promovido pela Oxygea, em correalização com o Distrito, ABVCAP, Ace Córtex, Cubo for Investors, Endeavor e GCV, vai reunir investidores (VC & CVC), lideranças, corporações e empreendedores para debater o cenário e as principais tendências para o investimento e o desenvolvimento da inovação em DeepTech.
🔍 Pra ficar de olho
Já falamos algumas vezes por aqui que a América Latina está sob os holofotes dos investidores, que vêem na região uma possibilidade de expansão de negócios e crescimento acelerado. Agora, foi a vez do Grupo Bimbo, uma empresa de alimentos mexicana, entrar para o hall de investidores na região em parceria com a Kamay Ventures, um fundo de investimento regional multi-corporativo. O Grupo Bimbo se une à Coca-Cola Latin America e Grupo Arcor que já fazem parte do fundo.
Brasil assina "Declaração de Bletchley" para o desenvolvimento seguro de IAs (Folha de São Paulo)
Início de uma regulação? O Brasil assinou a "Declaração de Bletchley", um acordo internacional que visa garantir o desenvolvimento seguro de IAs. O documento, assinado por 28 países, destaca a necessidade de regulações adequadas para mitigar riscos, especialmente em áreas como cibersegurança e biotecnologia. A declaração também enfatiza a importância da cooperação internacional para o desenvolvimento de políticas e promoção de um diálogo global sobre a tecnologia.